O modismo e as tendências no mercado farmacêutico

De tempos em tempos, os costumes mudam e aquilo que era ridículo passa a ser moda; roupas que antes eram impensáveis passam a ser usadas por uma parcela imensa da população; um corte de cabelo que antes não fazia sentido pode ser a última moda hoje e, amanhã, quando assistirmos à reprise da novela da Globo, no programa vale a pena ver de novo, vamos pensar: “Como alguém teve coragem de fazer um corte de cabelo tão ridículo assim, ou como alguém poderia achar que esse tipo de roupa era bonito?”

Ao longo dos anos, os hábitos de um povo mudam, e um determinado tipo de estabelecimento passa a ser moda. Afinal, quando poderíamos pensar que uma lojinha de comida japonesa chamada Temakeria faria tanto sucesso como fez no ano de 2010? Contudo, se olharmos com mais cuidado, vamos observar que já não existem tantas Temakerias e, possivelmente, daqui a 05 anos nem lembraremos que existia esse tipo de comida.

Se quisermos outro exemplo de como os hábitos mudam basta lembrarmos quantas lojinhas especializadas em açaí na tigela tínhamos há 05 anos e quantas existem atualmente. No mundo corporativo, as coisas não são diferentes – aquilo que parecia definitivo torna-se transitório. Vejamos outros exemplos:

A PNL (Programação Neurolinguística) no departamento de RH das empresas também é uma referência neste sentido. Há 20 anos, a metodologia inexistia. Na década de 90, era moda e, hoje, encontra-se em desuso.

No ramo automobilístico, o modelo Toyota de produção, chamado de produção enxuta ou Lean Manufacturing, que foi copiado por muitas outras companhias, servindo de referência para muitos palestrantes no mundo todo. Mas, devido aos problemas de recall que a montadora teve nos últimos anos, a tendência é que essa prática seja abolida, pois é difícil para qualquer conferencista defender um modelo de negócio que falhou e, por consequência, ocasionou um prejuízo milionário aos acionistas.

No mercado varejista farmacêutico, vivenciamos um movimento nunca antes observado e, particularmente, ainda não consigo identificar se se trata de uma moda efêmera ou algo perene. Porém, posso afirmar, por exemplo, que virou moda o que algumas pessoas denominam de franquia e outras, licenciamento de marca.

Sabemos que o mercado varejista vive um momento de profunda transformação e de muitas incertezas, o que leva os empresários a situações de insegurança. Em momentos como esse, busca-se alternativas para prosperar no varejo. Sendo assim, o licenciamento de marca pode parecer ser uma boa alternativa, mas a grande pergunta é a seguinte: “Se associar a uma marca resolve o problema da farmácia?”

A análise que temos de fazer é mais profunda. Não basta estar associado, mudar de nome ou alterar o layout da loja, é preciso – acima de tudo – mudar a percepção que a maioria dos empresários tem do mercado. Tenho a convicção de que a grande maioria desses licenciamentos oferece melhores condições comerciais juntos aos fornecedores como atratividade e os empresários varejistas, por sua vez, veem nisso a possibilidade de competir com as grandes corporações. Ou seja , o pensamento é o seguinte: “Vou entrar na rede para comprar mais barato e, com isso, vou poder vender mais barato”.

No entanto, depois de algum tempo que esse empresário está associado à marca, certamente vem a frustração, pois nada do que lhe foi prometido se concretizará – haja vista que ninguém compra em melhores condições só porque está agrupado, nem tampouco vende mais barato porque pertence a uma rede. Incansavelmente, aconselho meus amigos do varejo a refletirem os seguintes pontos, antes de integrarem uma associação ou empresa de licenciamento de marca:

1) Veja qual é o projeto que a empresa tem para fazer sua loja vender mais e não para comprar melhor, pois se você vender bem os fornecedores irão lhe procurar e lhe oferecerão condições comerciais favoráveis;

2) Veja quais são os projetos que esta empresa tem para levar qualificação a você e seus colaboradores;

3) Veja a origem do grupo que lhe convidou e qual é a imagem do mesmo junto aos fornecedores;

4) Veja se esse grupo é afiliado, por exemplo, à Febrafar (Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias).

Cabe lembrar que a Febrafar permite a afiliação de empresas de licenciamento de marca, não exigindo que as proponentes sejam genuinamente associativistas para pertencer ao grupo. Entretanto, vale salientar que a decisão de integrar uma associação ou uma franquia não deve ser tomada por puro modismo. Diversos pontos devem ser bem estudados, pois esta decisão poderá mudar a sua vida para melhor ou para pior. Tudo vai depender da opção que foi feita por você!

Artigo por: Edison Tamascia 

Att.

Marketing TRIER

1 responder
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