Especialistas de todo o Brasil se reúnem em São Paulo nesta quarta-feira (25/02), com o objetivo de debater estratégias para prevenir o retorno efetivo de doenças então controladas em território nacional. O evento, denominado I Fórum de Especialistas em Vacinação do Adulto e do Idoso, será realizado pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) no centro de convenções do Maksoud Plaza Hotel.

Embora tenha um dos melhores programas de imunização do mundo, o País ainda enfrenta dificuldades comuns para proteger adultos e idosos, que sustentam a crença de que vacina é coisa de criança. Uma das grandes preocupações dos profissionais no momento é o sarampo.

O Brasil não registra transmissão interna desde 2000, contudo, o alerta foi aceso após a explosão de casos no Ceará ? 728 desde dezembro de 2013. O fato, que pode tirar das Américas o status de área Livre do Sarampo, ocorre em paralelo a um surto que já atingiu mais de 100 pessoas em 14 estados nos Estados Unidos. Os primeiros episódios surgiram na Disney.

?O cenário deixa claro como uma doença infectocontagiosa imunoprevenível pode se espalhar rapidamente. O sarampo é capaz de matar ou deixar sequelas como cegueira ou surdez. A população não pode negligenciá-lo?, enfatiza a presidente da SBIm, Isabella Ballalai.

A presidente da SBIm também lembra que, além do benefício próprio, o vacinado preserva a saúde dos que, em razão de imunodeficiências, alergias ou idade, não podem receber a vacina. Isso porque, ao aumentar a cobertura vacinal, a circulação do vírus é reduzida. A prática, chamada de proteção coletiva ou de rebanho, vale para outras doenças infecciosas, a exemplo da coqueluche, hepatite, gripe, varicela, entre outras.