
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) realizou um debate em Goiânia, na quarta-feira (17), para discutir uma proposta que prevê autorização para que farmacêuticos prescrevam medicamentos. Pela lei, somente os médicos podem fazer diagnósticos e receitar o tratamento.
De acordo com o projeto do CFF, os farmacêuticos passariam a ter liberação para indicar os medicamentos que não precisam de receita médica, como analgésicos, antigripais e relaxantes musculares. No total, são 35 grupos de medicamentos que seriam autorizados. No próprio balcão, os profissionais fariam uma avaliação do paciente e escolheriam o melhor tratamento.
Os profissionais goianos foram os primeiros a debater o tema polêmico, mas até a semana que vem outras capitais do País devem opinar sobre o assunto. Só depois disso o CFF vai decidir se a proposta entrará em vigor.
A presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de Goiânia, Lorena Bahia, defendeu a liberação das prescrições. ?Entendemos que há um vazio assistencial quando se trata da utilização de medicamentos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 50 % da população faz o uso dos remédios de forma incorreta. Então, não estamos falando apenas das prescrições, mas também das orientações sobre o uso?, explica.
Já para o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Salomão Rodrigues, a proposta do CFF é ?absurda e inconsequente?. ?Trabalhar em equipe não significa que uns podem fazer as funções do outro. Essa mudança iria induzir os farmacêuticos ao exercício ilegal da medicina e ao charlatanismo?, disse.
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