ACESSO RESTRITO
Medida anima a indústria, mas preocupa profissionais de saúde
Entre 2014 e 2015, o consumo de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPSs) subiu 14% no Brasil. Em anos anteriores, o crescimento chegou a superar dois dígitos, mas há expectativa que o patamar de vendas volte a crescer novamente, caso uma nova regra da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) seja aprovada.
Um nova resolução pode facilitar a transformação de medicamentos tarja vermelha, que obrigatoriamente precisam de receita médica para ser comercializados, em MIPs. A mesma regra pode ainda acelerar a entrada de novos medicamentos sem prescrição no mercado, já que ela prevê a aprovação do princípio ativo – desse modo, não seria necessário que cada fabricante entrasse com um pedido diferente.
Um candidato a mudar para a categoria de MIPs é o omeprazol, medicamento bastante utilizado para desconfortos estomacais. Os profissionais de saúde mostram preocupação, já que, o uso prolongado da substância pode causar o chamado efeito rebote: quando é interrompido, os sintomas voltam agravados. Além disso, alguns analgésicos e anti-inflamatórios podem causar alergias, sangramentos (especialmente em hipertensos) e trazer prejuízos à saúde de pacientes renais, com problemas de fígado e diabéticos.
Já a indústria defende a ideia de "autocuidado", segundo a qual o paciente, conhecendo o próprio corpo, seria capaz de tomar decisões como a de escolher um analgésico para dor de cabeça.
Caso a regra seja aprovada, ao farmacêutico caberá ainda mais atenção e cuidado na orientação ao consumidor. Reforçar a importância de ler a bula, de só tomar o medicamento enquanto houver sintoma e de nunca ingerir dois medicamentos com o mesmo princípio ativo é fundamental para reduzir os riscos no uso dos MIPs.
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