Gestão de Estoques no Varejo: 5 dicas que podem fazer a diferença

É comum participarmos de debates acalorados sobre estratégias de comunicação no varejo ou sobre como trazer mais clientes para dentro da loja e converter esse fluxo em vendas. Pouco se escuta, porém, em conversas de varejistas, sobre como gerir os estoques de maneira mais eficiente e como melhorar o processo de suprimento de suas redes. Acredite, esse tópico pouco abordado pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso.

A gestão dos estoques apresenta características peculiares, conforme o tipo de operação varejista – um Home Center apresenta aspectos diferentes de uma boutique de roupas, que também são diferentes de um supermercado de bairro e de uma loja de presentes. Comum a todos os varejistas, porém, é a importância de uma eficiente política de suprimentos, para que o seu estoque seja o mais próximo possível da expressão das necessidades de seus consumidores, com a menor imobilização possível de capital. Produto certo na hora certa é o objetivo de qualquer varejista e para que isso realmente funcione, apresentaremos 5 dicas essenciais:

1. Conheça bem o seu cliente

O abastecimento de uma empresa varejista passa pelo conhecimento das necessidades e perfil do seu cliente. É comum cadeias de lojas, dentro de uma cidade grande como São Paulo, observarem perfis de compra diferentes de acordo com o bairro da cidade. O perfil da vizinhança, a população flutuante, a faixa de renda, o trânsito local, os geradores de tráfego próximos, o perfil etário e outros aspectos, impactam diretamente no que você deverá ter em suas gôndolas ou araras. Saber quem é o seu público, o que ele gosta de consumir, em qual momento, contribuirá muito para o aumento de vendas e manutenção das margens de lucro, consequência de menores sobras de estoque.

2. Analise o desempenho de seus produtos DIARIAMENTE

Costumamos dizer na Universo Varejo que nesse mercado, nada “é” e tudo “está”. Um produto campeão de vendas na semana passada pode ser um candidato à remarcação nesta semana, por conta de uma mudança no clima. Cabe ao gestor responsável pelo suprimento acompanhar de forma muito próxima o desempenho de cada um dos produtos. A análise diária possibilita identificar campeões de venda que deverão eventualmente ser repostos e os candidatos a “mico” podem não tornar-se grande problema, se forem preventivamente remarcados com um pequeno desconto. O dinamismo e agilidade do varejo pedem análises e correções de rumo diárias e neste caso a análise do giro, da cobertura, dos preços do mercado e das entregas agendadas possibilita ganho real, por conta do melhor nível de serviço ao consumidor e da menor chance de grandes remarcações por conta de sobras de estoque muito grandes.

3. Não desenvolva relação de afeto com seus produtos

O processo de remarcação de produtos, por mais doloroso que possa ser para o empresário, é natural em qualquer operação varejista. Uma eficiente gestão de estoque, amparada por bom planejamento de demanda e escolha de produtos, pode minimizar as chances de remarcação, mas dificilmente fará com que estas não aconteçam, sobretudo em segmentos altamente impactados pela sazonalidade, como o varejo de moda. Um fenômeno que ocorre em muitos casos é a paixão do empresário pelo estoque. Muitos empresários, sabendo que vender com pouca margem pode significar prejuízo, relutam em remarcar seus preços a um nível que motive os consumidores a comprarem mais. Esta postura, que num primeiro momento pode parecer de salva-guarda dos lucros, pode ser extremamente danosa para a operação, sobretudo naquelas com pouco capital de giro. O fato é que o dinheiro deve retornar para a operação e o estoque precisa ser oxigenado com produtos novos, mais atraentes aos olhos dos consumidores. Os custos de armazenar produtos antigos, de manter o capital imobilizado e principalmente, o de perder a imagem de “novidades constantes”, podem gerar muito mais prejuízo do que a venda com margem reduzida ou até negativa.

4. Lembre que o que se compra, se expõe

O processo de compra de produtos para abastecer uma loja, independente do tipo de operação, em muitas vezes tem um forte componente emocional. Lançamentos, embalagens novas, campanhas promocionais, entrada em novas categorias, são estratégias da indústria para aumentar seu faturamento. Estas ações podem levar o varejista a cometer o erro de comprar mais do que o que pode expor em sua loja ou comprar produtos que são concorrentes entre si pela similaridade. A elaboração do mix ideal de produto, que é aquele que atende a maioria dos desejos dos seus consumidores, e que é passível de ser exposto e gerenciado em seu PDV, deve ser racional, levando em consideração reais previsões de demanda e a área de exposição de produto do PDV. São comuns casos em que o excesso de sortimento gera exposições extremamente carregadas (que dificultam a venda) ou ainda, produtos armazenados em depósitos, sem espaço nas gôndolas ou araras. Lembre-se que em alguns casos a loja não vai suprir todas as necessidades de todos os consumidores, mas isto é normal e faz parte do negócio – o fundamental, é que a maioria das necessidades sejam atendidas.

5. Desenvolva fornecedores parceiros

É sabido que a boa compra é fundamental para o desempenho de uma operação varejista e que em muitos casos, uma melhor condição de compra pode representar um diferencial competitivo frente à concorrência. Neste cenário de extrema competição, varejistas comumente cometem o erro de avaliar um fornecedor exclusivamente pelo seu preço de venda, sendo que outros aspectos, que podem impactar na operação, são negligenciados. Vemos, em muitos casos, fornecedores sendo trocados por diferenças de 1% no preço e em diversos momentos, gerando prejuízo pela não conformidade de aspectos como pontualidade de entrega, compromisso com a qualidade, cumprimento das políticas de fornecimento, exclusividade de venda, entre outros. Avalie seu fornecedor, seja exigente com ele, negocie de forma profissional, mas saiba valorizar aqueles que investem no seu negócio.

Pense nisso e boas vendas!

Fonte: Administradores.com.br 

Dpto. de Marketing TRIER

 

 

 

 

20 de Janeiro – Dia do Farmacêutico

Att;

Dpto de Marketing

 

 

 

 

Atuação farmacêutica

Muitas farmácias brasileiras seguem operando sem um responsável técnico. Os prejuízos podem ser tanto da ordem da saúde da população quanto comerciais

 

A consciência da importância de se manter um farmacêutico responsável durante todo o funcionamento de uma farmácia ou drogaria já existe há tempos. A exigência foi sancionada pelo Ministério da Saúde em 1977, antecedendo, inclusive, a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que foi fundada apenas 22 anos depois, por meio da Lei 9.782, de 26 de janeiro 1999.

Desde as primeiras discussões sobre a obrigatoriedade da permanência de um responsável técnico, o mercado de varejo brasileiro se expandiu muito. Atualmente, estima-se que haja 68,2 mil farmácias espalhadas pelo País. Ao longo dos anos, o nível de renda do brasileiro médio também mudou. Devido ao crescimento do poder de consumo, o acesso a medicamentos cresceu, aumentando os níveis de automedicação e necessidade de orientação de um profissional da saúde.

Ainda que já tenham se passado 36 anos desde a criação da exigência desse acompanhamento em tempo integral nos estabelecimentos do varejo farmacêutico, a prática não é adotada em todos os locais. Nas grandes capitais e farmácias de grande porte, a obrigação costuma ser respeitada sem maiores problemas. No entanto, considerando as proporções continentais do Brasil e as discrepâncias de infraestrutura entre cidades de diferentes regiões, muitas farmácias funcionam sem respeitar a determinação dos órgãos de vigilância.

Um dos exemplos mais atuais foi registrado durante uma fiscalização realizada em farmácias da cidade de Santarém, no oeste do Pará. Das 24 unidades visitadas, 14 não apresentavam um farmacêutico de plantão. Considerando que o município possui um total de 140 estabelecimentos farmacêuticos, foi possível constatar que pelo menos 10% deles não estavam de acordo a lei.

Quando questionada a respeito da falta de obediência à legislação por parte das farmácias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta que qualquer estabelecimento pode ser alvo de fiscalizações do Conselho Regional de Farmácia (CRF) ou dos órgãos de vigilância sanitária local. “As normas da Anvisa reforçam essa necessidade tendo em vista que os medicamentos são produtos que exigem uma orientação específica para o seu uso. Assim, o responsável técnico responde por essa orientação no âmbito da farmácia, além do acompanhamento das prescrições de produtos controlados”, ressalta o órgão por meio da assessoria de imprensa.

De acordo com a farmacêutica responsável pela Farmácia Escola do departamento de Farmácia da Universidade de São Paulo (USP) e professora titular do curso de farmácia da Universidade Guarulhos (UnG), Maria Aparecida Nicoletti, a ausência de um responsável técnico é mais comum quando o farmacêutico não é o proprietário do estabelecimento. “Mas é importante salientar que esta ocorrência está diminuindo com a intensificação da fiscalização pelos órgãos de competência.”

Para a farmacêutica, há outro aspecto que merece ainda mais atenção do que a presença física profissional. A prática da Atenção Farmacêutica, necessária para a obtenção da meta terapêutica traçada ao paciente, assegurar a efetividade e a segurança no uso do medicamento, bem como prevenir e minimizar reações negativas, não é verificada em grande parte das farmácias e drogarias do País. “Boa parte da população ainda não tem acesso a este tipo de seguimento e desconhecem a formação e a capacitação do profissional farmacêutico”, destaca.

Ausência sentida

Para ilustrar a gravidade de se manter uma farmácia funcionando sem a presença de um profissional responsável, a professora associada do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP), Julieta Ueda, usa um exemplo simples: “Se entendermos que o farmacêutico é profissional fundamental ao processo de utilização de medicamentos, a ausência deste profissional nas drogarias e farmácias é o mesmo que não ser atendido por médico no consultório médico ou dentista em consultório odontológico. Fica clara a importância do farmacêutico e sem ele não há segurança no uso de medicamentos.”

Hoje em dia, as farmácias e drogarias oferecem uma imensa gama de produtos para a saúde. Embora sejam ferramentas terapêuticas importantes, o uso de forma inadequada pode oferecer sérios riscos à saúde. Por isso o Conselho Regional de São Paulo (CRF-SP) defende que o farmacêutico é o profissional de saúde mais indicado para orientar sobre o uso correto de medicamentos.

Um importante papel que o farmacêutico pode desenvolver nas farmácias e drogarias é o seguimento do tratamento farmacológico, que é definido como a prática profissional na qual o farmacêutico se responsabiliza pelas necessidades do paciente relacionadas aos medicamentos. “Além de ser um papel social importantíssimo do farmacêutico, pois favorece o sucesso do tratamento, aumenta a credibilidade do estabelecimento porque o caracteriza como um local de saúde”, garante o presidente do CRF-SP, Pedro Menegasso.

E a construção dessa credibilidade pode, inclusive, trazer retornos comerciais aos estabelecimentos, que, com um atendimento responsável, agregam valor aos serviços prestados. “Aumentam os índices de satisfação do consumidor que, ao ser bem atendido, torna-se fiel ao estabelecimento e ainda pode indicá-lo para novos clientes. Afinal, em matéria de saúde, as pessoas querem ser atendidas por profissionais em quem elas confiam”, acrescenta Menegasso.

Fonte: Guia da Farmácia