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Venda de genéricos desacelera em 2014
29/01/2015 08:52:13
O desempenho das vendas de medicamentos em 2014 ficou abaixo das expectativas do setor, sobretudo as de genéricos, carro-chefe das indústrias nacionais. Informações levantadas pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), com base nos indicadores da consultoria IMS Health, apontam que foram comercializadas 871,7 milhões de unidades de genéricos no ano passado, aumento de 10,6% sobre 2013. A estimativa era de que a expansão poderia chegar a 15% no ano.
Já a venda de medicamentos totais (incluindo todas as categorias) atingiu 3,12 bilhões de unidades, alta de 7,8% sobre o ano anterior. A receita, no mesmo período, foi de R$ 65,8 bilhões, aumento de 13,3% sobre 2013. O faturamento das indústrias de genéricos foi de R$ 16,25 bilhões, crescimento de 18,5% sobre 2013. Mesmo com uma expansão acima de dois dígitos, a presidente da Pró Genéricos, Telma Salles, afirma que o setor não avançou como era o esperado. O crescimento mais "magro", segundo ela, reflete o desaquecimento da economia no ano passado e acesso mais limitado à saúde.
Telma acredita que em 2015 as indústrias terão novos desafios pela frente. "Vejo com preocupação. Será um ano mais difícil, por conta dos ajustes e retração do crédito." De acordo com ela, embora a indústria de genéricos não tenha alcançado o crescimento de 15% esperado para o ano, Telma reconhece que o segmento de genéricos tem forte potencial de expansão pela frente. "Com preços, em média, 60% inferiores aos produtos de referência (protegidos por patente), os genéricos ganham ainda mais relevância em cenários de economia estagnada e risco de comprometimento na renda", afirma. "Nossa projeção inicial era que, ao completar 15 anos no País (em 2014), os genéricos representassem 40% das vendas totais de medicamentos, mas encerramos com 28% de participação. A meta agora é alcançar essa marca daqui a cinco anos?.
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