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Um ano de sucesso e lutas contra o retrocesso 04/04/2014 08:52:13
O varejo farmacêutico brasileiro comprovou, em 2013, que estimular a competitividade é o único caminho para sucesso, principalmente diante do cenário econômico atribulado pelo qual passamos.

Prova disso é que o setor foi um dos poucos a alcançar a marca de dois dígitos de crescimento, em discrepância à retração identificada em outros segmentos do comércio, como os de hipermercados e supermercados.

O fator-chave dessa conquista reside na comercialização de produtos de higiene, beleza e conveniência nas maiores redes de farmácias e drogarias do país. Foram R$ 24 bilhões de faturamento em vendas no acumulado de janeiro a outubro do ano passado, sendo que um terço desse montante refere-se à categoria dos não-medicamentos. Inclusive, a tendência é que esse percentual de participação se consolide no balanço anual.

Isto porque o consumidor brasileiro busca bem-estar e conveniência nas prateleiras das drogarias, indo além dos simples remédios. Porém, ainda sobram opositores a esse modelo, geralmente com o argumento de que a comercialização de itens de conveniência e produtos alimentícios em farmácias ameaça descaracterizar o que denominam de ?estabelecimento de saúde?. Tanto que continuam tramitando no Congresso diversos projetos de lei que pretendem restringir o mix de mercadorias à disposição nas lojas de varejo farmacêutico.

O que os defensores do atraso não entendem é a importância dessa estratégia, fundamental para garantir a competitividade entre as empresas do setor ? visto que o valor dos medicamentos é tabelado ?, estimular o aprimoramento constante dos serviços e dar fôlego para os varejistas em sua atividade de dispensar medicamentos. Uma dinâmica que já se provou capaz de ampliar ainda mais o leque de produtos disponíveis ao público e a relevância do setor na qualidade de vida da população, como acontece nos Estados Unidos e em parte da Europa.

Mais do que isso. A venda de não-medicamentos viabiliza uma melhor remuneração aos colaboradores, a abertura de lojas mais modernas, a contratação de avançados sistemas de tecnologia e logística. Ou seja, distribuição de riqueza para todos, em prol da população.

Além disso, 2013 também foi marcado pelo impacto advindo das mudanças de configuração sofridas pelo setor no último biênio, com fusões e aquisições, juntamente ao crescente interesse do mercado estrangeiro em reforçar sua presença no Brasil. Parte desse cenário pode ser apreendida ao se constatar que, atualmente, as 9.500 lojas que compõem as redes de farmácias detêm uma fatia de 55,4% do faturamento do segmento em âmbito nacional, contra 44,6% das drogarias independentes. A perspectiva é que esse número alcance a significativa marca de 60% até 2017, pois o empresariado tem se conscientizado cada vez mais sobre os benefícios de adotar esse modelo de negócio.

Vale destacar também outra pauta do varejo farmacêutico que teve muita força no ano: a discussão sobre a desoneração de impostos sobre medicamentos. No primeiro semestre, foram instauradas duas Frentes Parlamentares, em Brasília e São Paulo, lideradas pelos deputados Walter Ihoshi (federal) e Maria Lúcia Amary (estadual), respectivamente. Ambas as iniciativas tiveram o apoio das entidades representativas do setor farmacêutico e foram cruciais para evidenciar a absurda tributação imposta sobre esses produtos, essenciais à saúde e à qualidade de vida dos brasileiros.

Em outubro, foi a vez da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), em conjunto com a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), lançar a campanha Sem Imposto, tem Remédio. Com grande repercussão na mídia, a ideia foi conseguir o apoio da sociedade brasileira para o fim da aplicação do ICMS sobre medicamentos, via abaixo-assinado. Para a coleta das assinaturas, foram distribuídos cadernos por 6 mil drogarias espalhadas pelo país, bem como em sindicatos, entidades parceiras e empresas ligadas ao ramo de atividade. Nossa previsão é que a iniciativa tenha ultrapassado a marca de 2 milhões de apoiadores.

Enfim, uma coisa é certa: apesar das conquistas, conscientizar os governantes do verdadeiro papel do varejo farmacêutico para a sociedade, bem como a importância de estabelecer um livre mercado para seu desenvolvimento, ainda demandará muitos analgésicos para dor de cabeça. Mas conhecemos muito bem a receita.

* Sérgio Mena Barreto é presidente executivo da Abrafarma -
Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias
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