Brasil precisa diversificar portfólio para ser mais competitivo, aponta Interfarma
Este ano, a pressão do dólar valorizado deve continuar impactando o varejo nacional através da elevação dos custos de produção, com possível redução dos descontos oferecidos, avalia a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma).
A explicação é que, mesmo com a desvalorização do real em relação ao dólar, as exportações de medicamentos sofreram queda de 17% em 2015, passando de R$ 1,35 bilhão em 2014 para R$ 1,12 bilhão. No ano passado, as importações desses produtos também tiveram diminuição e alcançaram um total de R$ 5,92 bilhões, o que representa uma retração de 13,7% no comparativo anual.
"Uma das fragilidades do Brasil é que o destino das exportações ainda é muito concentrado na Argentina e na Venezuela. A crise nesses países ajudou a derrubar os números", analisou em nota Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma, entidade que representa o setor.
Segundo Britto, o país ainda vende poucos medicamentos inovadores ao mundo e concorre com o exterior sem ter preços competitivos. "É um problema de posicionamento no mercado internacional, o país precisa mudar o seu portfólio. A saída mais eficiente ainda é investir em pesquisa e inovação, mas é um movimento complexo, de médio a longo prazo."
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